terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os pés na terra

(...) «Deus torna-se íntimo ao homem e penetra, cada vez mais profundamente, em todo o mundo humano.

Deus uno e trino, que «existe» em si mesmo como realidade transcendente de Dom interpessoal, ao comunicar-se no Espírito Santo como dom ao homem, transforma o mundo humano, a partir de dentro, a partir do interior dos corações e das consciências.

Neste caminho, o mundo, participante do Dom divino, torna-se — como ensina o Concílio — «cada vez mais humano, cada vez mais profundamente humano», ao mesmo tempo que, nele, vai amadurecendo, através dos corações e das consciências dos homens, o Reino no qual Deus será definitivamente «tudo em todos» (...)

(...) importa conseguir que um número cada vez maior de homens «possam encontrar-se plenamente... através do dom sincero de si».

Trata-se, pois, de fazer com que, sob a acção do Espírito-Paráclito, se realize, no nosso mundo, um processo de verdadeiro amadurecimento na humanidade, na vida individual e na vida comunitária; foi em ordem a isso que o próprio Jesus, «quando pedia ao Pai "que todos sejam um, como eu e tu somos um" (Jo 17, 21-22)

... nos sugeriu que existe uma certa semelhança entre a união das pessoas divinas e a união dos filhos de Deus na verdade e na carídade».

(João Paulo II, Carta Encíclica Dominum et Vivificantem, Roma, 18 de Maio de 1986)

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